Coastwatch

O Coastwatch é um projeto de âmbito europeu, que permite obter uma caracterização geral da faixa costeira, envolvendo inúmeros voluntários, individual ou em grupo (escolas, CNE, associações, ONGAs, famílias, amigos,….).

Pretende-se caracterizar, no Litoral, a Biodiversidade; a Zonação Costeira (zona entremarés, zona supratidal e zona interior contígua); Erosão Costeira; Resíduos; Contaminação; Pressões Antrópicas,…

Em Portugal, o Coastwatch desenvolve-se há 26 anos, e é coordenado pelo GEOTA - Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

COASTWATCH 2007- NUT PT16B, Bloco 7 e 8 - Salir do Porto até Foz do Arelho



No levantamento destes dois blocos participaram crianças, adolescentes, jovens e adultos dos núcleos da Geração 21 de Sintra e de Caldas da Rainha e estudantes de Biologia do Instituto Superior de Agronomia.
Nesta actividade foram incluídos esclarecimentos sobre o fenómeno das marés, a influência dos ventos no mar, a natureza das ondas, explicações sobre a fauna e a flora do litoral e uma reflexão sobre a nossa responsabilidade no meio ambiente.Estávamos na altura da Lua cheia e a dois dias da maré viva, fenómeno que nos motivou a entender melhor o posicionamento relativo da Terra, da Lua e do Sol e a sua influência nas marés.
Depois do piquenique, na altura do almoço, visualizamos os movimentos da Lua, do Sol e da Terra envolvendo os nossos participantes – estavam connosco crianças a partir de dez anos. Também reflectimos sobre a grandeza da natureza e a nossa pequenez perante esta tão vasta e diversificada criação e ficámos conscientes da responsabilidade que temos em tratar bem este bem comum, porque somos mordomos e não donos da terra. Os mais novos, cheios de energia, dedicaram-se ainda a alguns jogos enquanto os mais velhos descansaram.
Esta unidade encontra-se numa região costeira com elevada diversidade paisagística e constitui o suporte de uma importante biodiversidade. O acesso às zonas sub-, inter- e supratidal foi muitas vezes impossível devido à forte inclinação da arriba.
A avifauna observada em terra e em voo compreendia: bandos de perdizes, um ou dois peneireiros, um casal de águias de asas redondas além de passeriformes. Sobre o mar vimos inúmeras gaivotas e corvos-marinhos.
À beira dos caminhos onde era possível circular de carro havia bastante lixo, nomeadamente resíduos de demolição e entulhos, entre outros. Em geral a zona interior contígua era de difícil acesso, sendo constituída por matos e campos agrícolas (abandonados), razão pela qual se encontrou relativamente pouca poluição.
As entradas no mar, sinalizadas na carta militar, em geral consistiam em pequenas nascentes. A maioria estava bastante coberta de vegetação e apresentava água limpa no início da falésia.
As chuvas dos meados de Novembro do corrente ano tinham provocado um elevado deslizamento de terra e a erosão costeira é uma realidade constante nesta costa.
As boas condições meteorológicas ajudaram bastante nesta exploração ambiental. Andar no topo da falésia no alto das escarpas sobranceiras ao mar – fim abrupto da Serra do Bouro – e observar o litoral atlântico bem como as Berlengas foi uma experiência especial e o esforço valeu a pena, porque fomos recompensados pelo desfrutar da magnífica vista para o mar.